No final de semana de 15 e 16 de maio eu realizei o curso Wilderness First Aid (WFA). Esse é um treinamento de reconhecimento internacional, com o objetivo de introduzir os conceitos médicos gerais e técnicas básicas de suporte a vida em ambiente selvagem.

WFA

Todos nós que realizamos atividades outdoor estamos suscetíveis a acidentes, do mais iniciante ao mais experiente, sendo assim, saber técnicas básicas para quando alguma coisa der errada é extremamente importante. Após realizar o curso, eu até complementaria dizendo que saber o que não pode ser feito é tão importante quanto saber o que fazer. 

O curso foi organizado pela Mantiex e ministrado pela Padilha Treinamentos, um centro de treinamento internacional da ASHI (American Safety & Health Institute). Devido a pandemia, alguns protocolos de segurança foram adotados, foi criada uma “bolha” de treinamento, todos os participantes realizaram exame RT-PCR e uma vez lá dentro, não seria mais possível sair, além de protocolos básicos como uso de máscara na maior parte do tempo, uso de álcool em gel, etc. A preocupação da equipe com esses detalhes foi muito importante.

O conteúdo do curso é muito completo, desde equipamentos de primeiros socorros, avaliação do cenário e da vitima, ações em uma emergência, transporte de feridos e muitos outros detalhes. Tudo é muito dinâmico, bem balanceado entre teoria e pratica, afinal não adianta por exemplo eu ouvir alguém falar como faz uma reanimação cardio pulmonar , se eu não colocar a mão na massa e ter uma noção real do que é.

Um detalhe muito interessante e importante aconteceu ao final do primeiro dia. Após o jantar, fizemos um simulado de resgate para entender como a coisa é complexa. O grupo foi dividido em duas equipes, uma ficou com a maca de resgate e a outra teria que improvisar uma.

O Flávio, da equipe do Padilha foi nossa “vitima” nessa simulação. Nos deparamos com a situação onde a vitima estava desacordada, com sangramento massivo na perna esquerda, clavícula direita quebrada e com principio de hipotermia. Com esse cenário montado, tínhamos que estabilizar e transportar a vitima para um local seguro, no nosso caso ainda improvisando uma maca. Essa simulação simples nos mostra como não é nada fácil extrair uma vitima de um local remoto.

Para resumir tudo isso, esse é um treinamento que a tempos eu queria fazer e recomendo muito. Caso você tenha condições, faça-o, nos da uma outra visão de segurança em ambientes remotos. 

Tiago
Um paulistano morando aos pés da Serra da Mantiqueira, formado em Administração, Turismo e Data Science, criador do blog Fé no Pé, proprietário da Estratégia Software e da NaMoska 3D, guia de turismo, montanhista, mochileiro e voluntário da Sea Shepherd Brasil

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